De vez em quando um deles nos recrutava para tocar a forja. A FORJA. Ela era usada pra aquecer as ferragens com carvão em brasa. E quando o ferro estava bem amarelinho ele era levado para a BIGORNA, onde recebiam o acabamento que desejavam.

     Meu pai era muito experiente e sabia fazer martelos, foices, machados e destorcedores para amarrar animais. O movimento de agricultores, pedreiros, entre outros profissionais, era grande. O povo da roça, então, traziam-lhe feijão, milho fresquinho, verduras de todos os tipos entre tantas novidades da roça. Minha mãe cuidava do café e das conversas com as comadres, como eram chamadas a maioria delas.

    Começo a me levantar, feito o menino de dez anos, que brincava ao som da oficina. Meu pensamento vai se distanciando. Ao fundo ouço o tinir da serralheria ao lado do meu prédio. É impossível separar as coisas.

    Aí me levanto, passo pela sala, faço o café da manhã. Minha filha dorme sossegada. O barulho da serralheria continua. Saio pro trabalho as sete.

    Salvador bambino é Filósofo, psicanalista e professor.

    Atende crianças e adultos com depressão, pânico e        aconselhamento em geral. Visite meu site de atendimento online

www.psicosalvador.com.br   e  www.jdlife.com.br